Histórico recente
Desde pelo menos a segunda metade do séc. XX existe na Praia da Cocanha uma vila de ranchos de pesca construídos e mantidos pelos próprios pescadores artesanais da comunidade local para abrigar suas canoas e apetrechos de pesca. Inicialmente esses ranchos foram erguidos com materiais rústicos como tábuas e troncos, além do tradicional capim-sapê. Na época estima-se que cerca de 20 a 30 famílias caiçaras dependiam diretamente destes ranchos para manter suas atividades de pesca. Com o passar dos anos, o turismo ganha cada vez mais notoriedade na cidade, fazendo com que os turistas e/ou frequentadores da Praia da Cocanha admirassem e valorizassem cada vez mais a beleza cênica deste lugar, bem como a sua importância econômica, social e cultural para os pescadores e maricultores artesanais.
No início dos anos 2000, junto com a fundação da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha, a MAPEC, ocorre uma importante reforma nesses ranchos, na qual se aumentam significativamente as suas dimensões com melhorias de madeiramento e do telhado, tornando o local definitivamente uma vila de pescadores mais bem preparada para resistir às intempéries climáticas. A partir daí, essa vila de ranchos caiçaras vai se transformando em um verdadeiro centro comunitário, muito bem-quisto e valorizado por todos. Atualmente, além de servir como abrigo para as canoas, embarcações e apetrechos de pesca, ainda serve de sede para outras inúmeras atividades como: reuniões comunitárias da MAPEC, encontros das famílias em datas comemorativas, além de servir como um ótimo local de acolhimento aos turistas e visitantes interessados em conhecer um pouco da Cultura Caiçara e do trabalho relacionado à pesca e maricultura. Em 2021, um levantamento realizado pela MAPEC apontou que existem hoje ao menos 20 pescadores artesanais e 18 maricultores, que junto com seus familiares, permanecem cuidando dos ranchos e realizando outras inúmeras atividades no local como: pesca, criação de mexilhões, mergulho, artesanato, bem como incentivando a culinária tradicional caiçara e a Cultura Caiçara como um todo, através do seu trabalho como associado da MAPEC.